Me deparei hoje com a notícia que o Google Chrome está fazendo 10 anos.
Na época do lançamento (2008), lembro que fiquei super animado com a notícia.
Eu já trabalhava com desenvolvimento Web e o mercado era muito diferente do atual.
Era muito frustrante lidar com o navegador da Microsoft - o famoso e odiado Internet Explorer - que ainda era o navegador mais relevante e utilizado, com quase 70% de market share.
Mas o cenário não era ruim.
Poucos anos antes, mais precisamente em 2002, o Internet Explorer era soberano, sendo utilizado por 90% dos usuários da internet.
Em 2004, as coisas começaram a mudar com o lançamento do Firefox 1.0 ❤️.
Como vemos no gráfico acima, no lançamento do Chrome, o Firefox tinha crescido substancialmente e já tinha uma fatia considerável de quase 30% do mercado.
Porém, isso durou apenas até 2011.
No gráfico acima vemos na linha do tempo de 2009 até 2018 que o Google Chrome engoliu o mercado de navegadores.
É irônico o fato de que em 10 anos muita coisa aconteceu, mas voltamos a ter uma empresa soberana com um único navegador no trono.
Obviamente, o contexto é outro. O Google nos trouxe e continua trazendo muita inovação e contribuiu bastante para a evolução da Web; entretanto, é impossível olhar o panorama em que chegamos e não se assustar com as possibilidades futuras.
O que teria acontecido se a Microsoft tivesse continuado soberana e somente o Internet Explorer fosse o navegador utilizado?
E se o Firefox tivesse continuado crescendo até 100% de dominação?
Não temos como saber.
O que sabemos por experiência é que a diversidade de navegadores é saudável para o ecossistema e contribui para evolução.
Atualmente, a Web em si está em um momento delicado de transição.
Com o advento dos smartphones e app stores, a Web do jeito que conhecemos deixou de ter o papel crucial de outrora.
A nova geração de usuários desconhece os princípios básicos dessa stack tecnológica que por muito tempo foi considerada (foi né?) uma das maiores invenções da humanidade.
Muitos nem sabem o que é um navegador, uma URL, etc.
Para uma grande maioria, a Web se resume a Google e Facebook e, de fato, os dados não mentem.
Ativistas de Web apontam que a Web está morrendo pouco a pouco e, infelizmente, creio que eles estejam com a razão.