2021 foi um ano fértil na música. Ao menos posso afirmar isso levando em consideração o tipo de música que ouço.
Ao compilar os discos mais legais e que mais me impactaram, acabei fazendo uma lista enorme. Então fui reduzindo até chegar nos principais lançamentos do ano que chegaram no meu coração.
O critério aqui é amor mesmo, aqueles discos que me arrepiaram e ainda arrepiam ao ouvir, os que me deram gás para trabalhar, os que eu quis imediatamente compartilhar com outras pessoas, e assim por diante. Deu para entender, né?
Sendo assim, segue a lista dos 5 discos que me apaixonei em 2021 🥰
5 - Single Album (NOFX)
Se NOFX lança disco novo a certeza é de que será o disco que mais ouvirei no ano. Com o lançamento de Single Album, o 14ª disco da banda, foi exatamente o que aconteceu. Disco mais ouvido e músicas mais ouvidas.
Esse disco é a cara do NOFX, como é esperado, porém, algumas músicas levam a banda para um outro nível.
“The big drag” me arrepia toda vez que escuto. É um som diferentão. Melodias tristes que me tocaram de forma apaixonante.
O disco conta com as ironias de sempre nas composições de Fat Mike, assim como a auto crítica e desconstrução musical (ex: Linewleum).
NOFX é minha banda do coração, chega a ser difícil de explicar o que o som representa e seus efeitos no meu corpo.
A experiência de ouvir NOFX é sempre catártica, desde os anos 90.
4- Welfare Jazz (Viagra Boys)
Viagra Boys foi amor à primeira ouvida e também à primeira vista. O som é ótimo e original. A performance ao vivo da banda é de outro mundo, principalmente do vocalista.
O som da banda é uma mistura absurda que me pegou de jeito.
Jazz, punk, metal e sei lá mais o que.
Eu ouvi tanto Viagra Boys em 2021 que parece uma banda que ouço há anos. O mais legal é que conheci o som apenas esse ano.
A banda é relativamente nova, estão em ativade desde 2015.
Me apaixonei totalmente por Viagra Boys. Welfare Jazz é uma obra, mas a discografia possui o mesmo nível.
Ansioso para ver um show!
3 - Comfort to me (Amyl and the Sniffers)
Amyl and the Sniffers é mais uma das bandas que me apaixonei perdidamente em 2021.
Conheci Amyl via Viagra Boys. O último som do disco Welfare Jazz é um feat de Viagra Boys e Amy Taylor, vocalista de Amyl and the Sniffers. O som “In Spite of Ourselves” é um cover de John Prine.
Na mesma época assisti uma entrevista de Daniel Furlan onde ele fala suas bandas favoritas da atualidade e ele cita justamente as 2 bandas em questão.
Comfort to me é maravilhoso. Ouvi sem parar. E mais uma vez, o disco me fez virar fã declarado de Amyl. A performance ao vivo também é absurda.
O som de Amyl é uma mistura das boas, punk clássico, hard rock, pop e mais um monte de coisa.
2 - Glow on (Turnstile)
Não que a ordem importe, mas foi muito difícil escolher qual seria o primeiro nessa lista.
O certo é que entre os 5, as 2 primeiras posições são os discos que ouvi por último e que ainda estão sendo digeridos musicalmente pelo meu cérebro.
Eu conheci os maravilhosos do Turnstile há alguns anos, de forma aleatória. Por acaso vi um vídeo de um show deles e, minha nossa! Que show. Recomendo que procurem aí para ver qual é vibe ao vivo desses caras. É impressionante.
Quando vi que Glow on tinha sido lançado, corri pra ouvir e mais uma vez fui surpreendido.
Em Glow on o Turnstile conseguiu dar um passo além. O disco é maravilhoso. Várias misturas interessantes mas com a mesma pegada.
O som continua gritado, daquele jeito que lembra um Rage Against the Machine, mas as melodias estão mais acessíveis e diferentes.
1 - Crawler (IDLES)
Eu já tinha ouvido uma outra música dos IDLES, mas ainda não tinha parado para ouvir tudo.
Há pouco tempo vi uma apresentação ao vivo dos caras e mais uma vez, amor à primeira vista.
Foi impossível não me apaixonar pelo som e pela performance visceral da banda.
Crawler me arrepiou do início ao fim. É tanta referência, tanta entrega e tanta originalidade, que fez com que o disco se tornasse o meu preferido do ano. E não só isso, IDLES já se tornou uma daquelas bandas que estão presentes na minha vida como se fosse desde sempre.