Olá, meu nome é Jaydson Gomes e estou há 34 dias, 10 horas, 18 minutos e 34 segundos sem usar redes sociais.
Levando em consideração o dia da publicação deste texto e o meu último tweet (https://twitter.com/jaydson/status/1022602379064168448), este é o tempo que estou clean.


Depois de alguns anos, consegui tirar férias e viajar 😌
Foram mais de 20 dias em que não só conheci lugares, pessoas e novas culturas, mas também dediquei um tempo para refletir sobre vários aspectos da minha vida pessoal e profissional.

Jaydson em viagem, na frente da torre Eiffel

Durante o período de férias, eu fiz um esforço enorme e não usei o computador que tinha levado (para alguma emergência de trabalho).
Um esforço ainda maior, e que é o foco deste texto, viria após alguns dias de viagem: não usar redes sociais.

Eu já vinha evitando o uso, principalmente do Facebook, por diferentes motivos, e até achava que estava tendo um certo sucesso na iniciativa.
Porém, para quem me acompanha em alguma das redes, sabe bem que isso não é 100% verdade.
Atualmente, ficar fora das redes sociais parece impossível, de maneira que somos totalmente dependentes de tais “ferramentas”.
A verdade é que estamos presos em um ecossistema que tem seus méritos e possui alguns benefícios para a sociedade, entretanto, os malefícios estão cada vez mais transparentes.
Um dos que me fizeram reavaliar a minha participação nestas redes foi o fator “vício”.

Vamos admitir, somos viciados em redes sociais.
Na verdade, esse é o funcionamento default de Facebook, Instagram, Twitter, etc.
Além de afetar pessoas individualmente, o uso massivo das redes está interferindo e afetando o comportamento humano como um todo.
Chamath Palihapitiya, ex VP do Facebook (2007 - 2011), vai além, e diz que as mídias sociais estão destruindo a sociedade.

Outros motivos:

  • Não fazer mais parte de um sistema onde meus dados são a moeda e eu não ganho nada com isso (dica de autor: Jaron Lanier)
  • Não fazer parte de um sistema baseado em recompensa/castigo (likes, dislikes, corações, comentários, etc)
  • Perda de tempo (faz a conta aí de quanto tempo tu perde nas redes)
  • Cada vez mais pessoas disseminando ódio e opiniões sem embasamento (saí antes das eleições, ufa!)
  • Notícias falsas (né? Já estamos no nível do absurdo)

Um pouco mais de um mês depois, o resultado da desintoxicação é bem positivo.
Estou conseguindo:

  • Ler mais (no momento: Who Owns the Future?)
  • Passar mais tempo de qualidade com a minha família (filho, namorada, pais, etc)
  • Menos estresse (sério, não ler comentários nas redes sociais é algo libertador)
  • Trabalhar mais (não sou workaholic, mas não ter o hábito de acessar as redes é muito produtivo)
  • Mais séries, mais filmes!
  • Mais música!
  • Mais tempo na rua
  • Mais texto aqui no blog! (wait for it)

Conclusão

É possível. Se eu consegui, tu também consegue 😌
Isso é um experimento, posso voltar amanhã, em seis meses, ou nunca mais.
O ponto aqui é questionar, pensar, estudar e mudar se necessário.

Ainda uso o YouTube, que também é uma rede social, porém, uso no modo “explorador”, buscando o conteúdo que quero.
Para notícias, ainda estou fazendo testes (saudades RSS), o Feedly parece ser bem legal.

Eu não excluí as contas, quem quiser falar comigo pode mandar DM, me chamar no Messenger, WhatsApp, etc.
Tenho usado bastante o Telegram, podem me adicionar por lá também.

Até a próxima, minha gente! Não nas redes sociais, talvez por aqui, talvez em um evento presencial, em um show, no bar, etc.